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Alerta da Opas: América enfrenta potencial pior surto de dengue da história

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A América está à beira de enfrentar o que poderia ser o mais grave surto de dengue já registrado, alerta a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Com um total de mais de 3,5 milhões de casos de dengue nos primeiros três meses deste ano, o continente americano pode testemunhar em 2024 um surto sem precedentes da doença. Essa cifra representa um aumento alarmante de três vezes em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os dados divulgados pela Opas revelam que o Brasil, a Argentina e o Paraguai são os países mais afetados, respondendo por mais de 90% dos casos e mais de 80% das mortes por dengue nas Américas. O Brasil lidera o ranking, com 2.966.339 casos e 758 mortes, seguido pelo Paraguai, com 191.923 casos e 50 mortes, e pela Argentina, com 134.202 casos e 96 mortes.

Em uma coletiva de imprensa, o diretor-geral da Opas, Jarbas Barbosa, expressou sua preocupação com a situação no continente, destacando que até mesmo países onde os surtos de dengue geralmente ocorrem no segundo semestre, como Barbados, Costa Rica e Guatemala, já estão relatando um aumento significativo de casos.

Barbosa enfatizou que, em 2024, os quatro sorotipos da dengue estão circulando nas Américas, o que aumenta consideravelmente o risco de casos graves. Até o momento, pelo menos 21 países do continente reportaram a circulação de mais de um sorotipo, incluindo o Brasil.

Ele ressaltou ainda que as causas ambientais desempenham um papel crucial nesse cenário epidemiológico, citando as altas temperaturas, ondas de calor, secas intensas e inundações como fatores que contribuem para o aumento da circulação do mosquito vetor.

Quanto à possibilidade de declarar emergência em saúde pública de interesse internacional, Barbosa esclareceu que os cenários entre a epidemia de dengue e a emergência do vírus Zika em 2016 são distintos. Enquanto a emergência do Zika foi decretada devido à relação entre o vírus e casos de microcefalia em bebês, na dengue, o aumento na transmissão não está associado a mudanças na expressão clínica da doença ou nos sintomas.

Barbosa concluiu destacando a importância de programas permanentes nas Américas para identificar precocemente novos surtos de dengue, enfatizando que a doença é um desafio significativo que requer uma abordagem contínua e vigilante por parte das autoridades de saúde.

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